terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Não falo do João...

Tudo começa com saudades e termina com uma única vontade: um encontro. Seja ele rápido, daqueles de um OI apenas ao atravessar a rua, ou, um daqueles de horas de conversas com e sem sentidos, das descobertas de algumas coisas cientificamente comprovadas às experiências de vida vividas, formuladas ou simplesmente, inéditas.

Ele, mais uma vez toma um espaço aqui, onde tenho total liberdade de me expressar. Tudo bem! Entendo completamente que isso pode se tornar exaustivo perante vossos olhos e pensamentos, mas, porque não rir dele e com ele e não deixar isso marcado aqui no meu: “Diário virtual”. Creiam, passei a chamar de diário algo tão público quanto a idéia do ser, sendo algo que se torne tão unicamente seu.

Se algumas vezes tiveram a paciência de acompanhar algo que escrevi aqui, subitamente imaginam e até arriscam ter certeza de quem falo. Se não acompanharam, mil desculpas, mas, Ele dispensa apresentações.

Com alguns atrasos, depois de alguns abraços e declarações de: “estava com saudades de você”, firmamos o encontro marcado a alguns dias, mas que por alguns segundos já estava-se em minha mente “furado”.

Ele chega, daquele jeito dele despojado e com um gingado que a vida o ensinou ter, seja por proteção ou apenas por estilização própria. Muitas vezes acho-o parecido comigo. Não, isso não é uma honra pra mim. Quero que Ele leia essas palavras, pra ele tirar da mente que meu sonho é se parecer com ele. Mas, eu gosto, quando dizem... “É seu irmão? Parece muito” – Isso me dá certeza de que, realmente não há dúvidas, somos irmãos até na aparência.

Pra ser sincero, eu queria parar de falar algo que fosse sobre a noite que passamos, sobre as risadas que damos e sobre os dias que marcamos e sempre estão lá, com alguns atrasos de horas, mas nunca de dias. Eu queria escrever de forma imparcial sobre gostar e dizer como devem fazer para se preparar para isso. Mas, não sou livro de auto-ajuda de ninguém, aquelas porcarias sempre falam o que queremos ouvir. E nós? Acreditamos que eles são personalizados, a verdade, acreditem, é que muitas pessoas passam pelos mesmos problemas que você. Somos bobos em acreditar que somos cada um o centro do universo. Na verdade, não somos nem o nosso próprio universo.

“Você e eu somos um caso sério, tchuru tchuru” – Ed Motta interpreta muito bem uma música que se passou a ser nossa, segundo Ele. Eu? Porque não gostar de uma canção que já era uma das minhas preferidas. Neguei alguns abraços, alguns cheiros no pescoço e acreditem, fiz isso com uma vontade enorme de dizer: “vai cara, vai em frente”. Mas, era tudo brincadeiras aquelas de irmão. Sabe? Aquelas que só sabe, quem realmente possui um, um pouco mais presente em sua vida.

Ouvi que gostava um pouco de mim. Acreditei? Eu não (minto). Amor? Nunca ouvi, mas acho que tentei sentir da minha forma e acreditar nesse sentimento. Ele é tão puro, de uma forma tão sincera, que o que Ele sente, não é um qualquer sentir, é realmente, verdade. Ele não se prende ao mundo, o mundo corre ao redor dele dizendo: “Presta atenção que eu giro para cada segundo de sua vida ter sentido”. E ele questiona: “sentido? O quê, necessariamente, precisa de sentido?”

Passam-se as horas e a mesma forma de antes, continua intacta. Lá, parado com um copo de um liquido amarelo gelado nas mãos, ele fala de si, dos outros e das pessoas que são dele, que faz parte dele e que são uma parte dele. Ele não mede palavras nem atos, não compra bom-gosto genérico e tudo dele é muito dele, de um gostar tão único e expressivo. Samba, pagode, rock, funk, axé, tudo se consome, mas nem tudo se degusta. Paladar refinado de originalidade são para poucos. Eu, constantemente, brinco de refinar o meu, enquanto outros, o possuem de forma tão natural. Mundo injusto!

Ao som de Jamie Cullum, um cantor da minha lista de bons-gostos, eu diria que ele, não é o meu “melhor-dos-melhores-amigos”. É meu irmão. Aquele que me olha nós meus olhos e diz: “Você pensa que é só você que estava com saudades” – Eu agradecido por todos os momentos e por todas as palavras, resumo tudo em um: “Muito obrigado”.

E quanto ao saber do Ele, falo dEle de forma tão minha, particular, que quando você o conhecer de verdade, talvez diga: “Não é ele” – E o que vou achar de tudo isso?

“Os olhos de cada ser humano se limita a alma”

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