sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O CARA

Tudo terminou numa conversa pelo celular, cama box, pelado, ao som de “The lion sleep tonight”. Calma, não é isso que pensas, se ousas pensar algo aqui onde, “sou o que penso” e não “o que vocês pensam”.

Mais um final de semana. Não como todos os outros, neste, eu encontrei, re-encontrei, ri, chorei, comecei e temporizei algumas coisas. Fiz mais do que eu pensava e agi, como achei melhor.

Resumo tudo nas longas conversas, das mais sérias às mais desorganizadas que João Paulo (meu irmão) e eu tivemos nesses anos de laços sanguíneos. Onde se chegou a conclusões que "Amor se sente e não se fala". A conversa? (para matar a curiosidade da minha cunhada) seguiu uma linha de acontecimentos recentes até se chegar ao futuro. E porque não mulheres (as nossas)? Estudos e Futebol? Futebol? Tudo bem, retiro o futebol, ninguém acreditará nisto. Ninguém = pessoas que me conhecem.

O frio não era nosso amigo, talvez a cerveja que sempre acompanho com minhas latas de refrigerantes nos transferiu a uma temperatura insólita, daquelas tão singulares, tão de momentos só deles (entendam aí o que quero dizer).

E a moto? Será que desconfiaram? Não, somos gatunos da noite e poderíamos roubar um banco irmão, se tivéssemos tamanha coragem, na verdade, ao seu lado, eu roubaria. Acho que viver um longo período numa cadeia pública, sem pizzas, refrigerantes, cervejas e lasanhas nos faria bem. Não, não faria mesmo, vou parar de achar que tudo é perfeito só por está contigo, se não, ficará sem graça ser teu irmão. Vamos brigar um dia né? E pedir perdão. Vai ser bom um abraço de desculpas, ele sempre vem acompanhado de uma outra vontade de ficar perto de novo, de novo e de novo, ou melhor, sempre!

Pensa que esqueci do almoço? Na minha casa, acompanhado de uma repetição de prato. Não estou reclamando que você comeu muito, mas estou feliz por vocês gostar de algumas coisas que eu gosto e sinto falta, a comida de casa (sem saudosismos, please).

E o filme? “O Exterminador do Futuro: A Salvação” – Juro, nunca gostei do gênero, mas vidrei em John Connor e sua força para salvar a humanidade. Queria ser ele por alguns instantes e salvar a mim mesmo.

Uma tarde acompanhada de amigos, cerveja, conversas, ex-mulheres que perseguem a mente humana e muitas risadas. Deveria não existir celulares, quando ouvi (João interpretando seu toque do celular) a chamada, pensei: “acabou o dia por aqui”. Mas, tudo bem, faltava só cortar o cabelo e ir pra casa, o dia já tinha sido tão bom, que se o mundo se acabasse ali, eu gritaria: “Estou satisfeito Deus, Obrigado”.

Pra finalizar o final de semana, com seus altos e baixos, a última ligação do domingo durou 1:10h e teve a companhia de minha cunhada e o cobertor. “Não atende, não atende” - Palavras de uma pessoa sábia, que instintivamente diz: “Ele é meu agora, peraê” – Não é Lu?Mas, quem era do outro lado da linha? Ele, só podia ser ele, o cara que ia dormir pensando: “Não dei o último abraço desse final de semana, tenho certeza que vou pensar nisso uma semana inteira”. EU!

De uma conversa quase na madrugada só se podia esperar. Poucos trajes, muitas risadas e música. Das bregas as mais clássicas, do rock ao romântico. Esqueci o pagode, desculpa irmão, mas...

Das risadas e detalhes sórdidos de intimidades só dele que fiquei meio que pensando: “ele está falando isso?”. Estávamos na cama, a dele box (não esqueço o orgulho dele dizer) e a minha, um colchão caro que minha mãe tem o prazer de dizer que durmo em coisa boa (risos) e nada mais que cuecas. Claro, não usamos pijamas, até mesmo porque o calor que faz nosso cariri, dormir de pijama seria algo que... Desconfiar da integridade dos pobres rapazes (risos, muitos risos).

O que ficará para sempre serão as traduções feitas pelo inglês “fluente” do meu irmão. Do cachorrinho que não se podia bater porque ele era da família em “Endless love” e do “Boa Noite, vá dormir que eu ainda vou aproveitar aqui, enquanto estou acordado”, tudo isso numa conversa informal e regada a grandes risadas quase a meia-noite.

E o que menos preocupava? O sono e o acordar às 4h da manhã pra seguir viagem ou às 5h para começar o dia de trabalho. Nesse momento, estou com sono, mas ficaria mais uma noite com ele ligado no outro lado da linha, esperando os créditos acabarem e o celular gritar ao meu ouvido. TUM TUM TUM

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