Parei os dias pra pensar que estou a pensar mais do que agir. Descobri que estou com uma síndrome de alguma coisa que as pessoas têm quando... (sei lá).
Dos dias de ontem pra cá, eu descobri uma sensibilidade que antes não conhecia. Passei a ver os Romances mais românticos do que eles realmente são e parei de achar os Dramas apenas ficção, na verdade, aquilo é vida e poderá ser a minha ou a sua a qualquer momento.
Calma, não estou louco ou me sentindo um poeta. Não acho que a partir de hoje irei criar poemas de amor, amizade ou solidão porque descobri que choro pela morte de um cachorro em um longa que me emocionou mais que o livro. Espera um pouco, se não chorei no livro, era porque antes eu era insensível? Preciso reler (Marley e EU) e descobrir isso.
Caminhando na companhia das melhores pessoas, as que hoje intitulo como tais, eu falo e por instantes, desabafo sentimentos que até então eles estavam perdidos dentro de mim. Se eles não gostam, até então, não reclamaram. Tudo bem, algu(m)ns já cansaram e já o(s) deixo livre desde já deste fardo.
Descobri nos meus momentos de alucinação que a vida continua e eu estou perdendo a linha que devo seguir pra chegar à frente de onde estou. Eu chorei demais, me escondi demais e hoje busco (calado) uma solução para meus momentos de “coitadinho”.
Hoje eu estou rindo. De alegria? (“minha alegria é triste” – como diria Bethânia.), de tristeza? Ou de fuga de um mundo que ousa estalar aos meus ouvidos que está muito próximo e estou quase nele? Não sei! Só sei que rio para mostrar as pessoas que ainda sou e posso continuar meus momentos de felicidades constantes (hoje eles são momentaneamente anormais).
Eu tirei das minhas dores a minha solução, filtrei de todos os abraços os melhores e dos beijos os mais sinceros. Lembrei que o que cativo está sobre minha responsabilidade, mas acredito que se limita a vontade de quem é cativado querer esse cuidado.
“Os amigos não são os mesmos, as aparências enganam e eu sei que depois dele(s) aparecerão mais... As canções mentem, os autores são mentirosos que se refugiam numa verdade-irreal e nós somos tolos ao ouvir, cantar e não saber definir real de irreal. Caetano, pára de me encher o saco. Eu não gosto de ver nenhum leãozinho. Certo?
Eu gosto de coisas e pessoas reais. Das que me cobram, das que “me abraçam e me beijam e chamam-me de meu amor”, das que respondem no celular, das que posso fotografar, que choro de saudade, que me fazem sentir bem. Gosto, daquelas que não cansam, que choram, que sorriem, das que brigam por um sorriso, das que abraçam pela necessidade e não pela obrigação. Eu amo aquelas pessoas que suportam o peso da dor e dizem “sustenta em mim, eu ainda agüento um pouquinho”, que questionam o meu estar, que traçam meu caminho por achar que é o melhor para mim.
Cansei de tudo, cansei até de mim, mas joguei fora meus últimos dias de solidão para dá espaço aos abraços que aguardo e aos sorrisos inflamados que chegarão aos meus lábios pelo tempo. Joguei fora tudo, sabendo que ficaram resquícios no meu coração que me trarão para o real. Enquanto isso, vou enganando a vida, sorrindo e dizendo pra mim mesmo: “Você é a única pessoa em quem você pode confiar para não sofrer, pois você nunca se decepcionará com você mesmo”
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