quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O sol não saiu hoje

Hoje me sinto meio singular. Cheguei a uma conclusão de que não me pareço com ninguém que conheço, talvez seja por isso que ás vezes me torne tão cansativo. As pessoas tendem a gostar daquilo que pareçam com elas, as outras coisas, são apenas suportáveis.

Hoje o dia está nublado? Ou os raios se deram uma folga? Talvez eles cansem de fazer seu espetáculo diário, a rotina cansa e isso é inegável. Pois, creio que minha rotina de acordar todos os dias e olhar para o mesmo horizonte também me cansou, e eu busquei nas boas lembranças, alguns momentos para sorrir e me sentir bem...

Lembrei de um amigo que está longe. Aquela grande pessoa, que como eu, deixou muito pra trás buscando um sonho. Um amigo, que já dividi com ele os melhores e piores momentos da minha vida. E ele lá, daquele tamanho e de uma estrutura tão solidificada. Eu percorri uns 10 atrás e o encontrei com aquele shorts da Puma falso (que todos tínhamos), a camisa e o inseparável boné que caminhara junto com ele durante anos.O vi chegando na sua primeira moto (Biz) vermelha e dizendo: “Olha o que pai comprou”... Eu o encontrei há poucos anos atrás e ouvi quando ele disse: “você é meu melhor amigo, você é um irmão”... Nesse momento, ele estará talvez discando meu número na agenda do seu celular pra perguntar, como sempre: “E aí? Como você ta?”

Eu ainda nessa caminhada de 10 anos antes de hoje, eu encontrei outros caras. Voltei àquele domingo de pipoca e filmes de adultos. Filmes que a idade não pactuava, mas a vontade de vê-los, sim. Um deles se fez um irmão. Eu o vi parado, com um cabelo bem penteado e uma camisa do palmeiras velha, surrada de tanto suportar vitórias e derrotas e está lá, firme para mais! Eu encontrei aquele cara que com sua humildade e ignorância-machista se diz até hoje, ser meu irmão. Eu o vi me elogiando, dizendo o quanto me achava inteligente e orgulhoso por ter um amigo como eu. Depois de anos, atualmente eu o encontro parado lá na sua casa, com sua esposa, seu filho e eu ali, como seu melhor amigo.

Divaguei por Arcoverde, uma cidade do interior do Pernambuco que me fez encontrar pessoas, porque não amigos, maravilhosos perante tudo que são hoje pra mim. Das poucas, ela veio com uns apelidos carinhosos de JC que estabelecia uma diferença vocal, quando gritado no hall da faculdade de Geografia que cursávamos a noite, depois de todo o cansaço de um dia de trabalho nas nossas cidades. Já dividi com ela, dos pequenos passeios, um almoço (com frango) na minha casa e ela ainda está no lugar dela, agradecendo e eu agradecido por sermos amigos.

Alguns dias antes, eu vi quase perdendo o ônibus com destino à Campina Grande, uma grande pessoa, a qual a defino como a pessoa mais humano com quem já convivi e tenho a honra de conversar, nem que seja por algumas horas até que o ônibus chegue ao seu destino e nos faça mais uma vez despedirmo-nos.

Vamos Júlio César, jogar no Miguel?” Ela, como sempre ela, enorme por dentro, tão grande, que hoje ela ainda não passa despercebida. Não preciso voltar a nenhum passado para ela se fazer presente. A encontro nas minhas páginas de relacionamento, nas minhas janelas do Msn ou nas mensagens do meu celular. Ela sempre diz muito, mais dos outros (ela vai me matar) do que dela. Ela me informa, desinforma, me forma e me remete a uns poucos momentos de “grandes amigos” a meia-noite na calçada de casa, falando sobre nossas experiências.

Das “poucas” lembranças, outras se fazem tão viva que não vou perder tempo delineando-as aqui, prefiro as viver e continuar feliz com elas.

Prefiro rir e ser chamado de Big Tony do que provar da força dele. Prefiro ainda algumas grandes conversas no MSN pra contar as novidades de alguns feriados ou tomar sopa em alguns dias frios (de última hora).

Hoje o dia ainda continua nublado, e não vou culpar o sol. A vida segue sua trajetória e eu só preciso aceitar isso. Os raios de sol sairão amanhã (suspeito) e terei a certeza que minha singularidade se tornará um plural de coisas que eu mesmo sentindo, não saberei dizer... Mas, ainda continuarei com a mesma definição de mim. “Eu sou cansativo, e enquanto eu não me parecer com que as pessoas querem, eu vou ser apenas, suportável”.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


Ele é daqueles meninos que voce ama, só de ver!
Ele é meu sobrinho, meu sangue...
Ele é o João... Pedro!

Não falo do João...

Tudo começa com saudades e termina com uma única vontade: um encontro. Seja ele rápido, daqueles de um OI apenas ao atravessar a rua, ou, um daqueles de horas de conversas com e sem sentidos, das descobertas de algumas coisas cientificamente comprovadas às experiências de vida vividas, formuladas ou simplesmente, inéditas.

Ele, mais uma vez toma um espaço aqui, onde tenho total liberdade de me expressar. Tudo bem! Entendo completamente que isso pode se tornar exaustivo perante vossos olhos e pensamentos, mas, porque não rir dele e com ele e não deixar isso marcado aqui no meu: “Diário virtual”. Creiam, passei a chamar de diário algo tão público quanto a idéia do ser, sendo algo que se torne tão unicamente seu.

Se algumas vezes tiveram a paciência de acompanhar algo que escrevi aqui, subitamente imaginam e até arriscam ter certeza de quem falo. Se não acompanharam, mil desculpas, mas, Ele dispensa apresentações.

Com alguns atrasos, depois de alguns abraços e declarações de: “estava com saudades de você”, firmamos o encontro marcado a alguns dias, mas que por alguns segundos já estava-se em minha mente “furado”.

Ele chega, daquele jeito dele despojado e com um gingado que a vida o ensinou ter, seja por proteção ou apenas por estilização própria. Muitas vezes acho-o parecido comigo. Não, isso não é uma honra pra mim. Quero que Ele leia essas palavras, pra ele tirar da mente que meu sonho é se parecer com ele. Mas, eu gosto, quando dizem... “É seu irmão? Parece muito” – Isso me dá certeza de que, realmente não há dúvidas, somos irmãos até na aparência.

Pra ser sincero, eu queria parar de falar algo que fosse sobre a noite que passamos, sobre as risadas que damos e sobre os dias que marcamos e sempre estão lá, com alguns atrasos de horas, mas nunca de dias. Eu queria escrever de forma imparcial sobre gostar e dizer como devem fazer para se preparar para isso. Mas, não sou livro de auto-ajuda de ninguém, aquelas porcarias sempre falam o que queremos ouvir. E nós? Acreditamos que eles são personalizados, a verdade, acreditem, é que muitas pessoas passam pelos mesmos problemas que você. Somos bobos em acreditar que somos cada um o centro do universo. Na verdade, não somos nem o nosso próprio universo.

“Você e eu somos um caso sério, tchuru tchuru” – Ed Motta interpreta muito bem uma música que se passou a ser nossa, segundo Ele. Eu? Porque não gostar de uma canção que já era uma das minhas preferidas. Neguei alguns abraços, alguns cheiros no pescoço e acreditem, fiz isso com uma vontade enorme de dizer: “vai cara, vai em frente”. Mas, era tudo brincadeiras aquelas de irmão. Sabe? Aquelas que só sabe, quem realmente possui um, um pouco mais presente em sua vida.

Ouvi que gostava um pouco de mim. Acreditei? Eu não (minto). Amor? Nunca ouvi, mas acho que tentei sentir da minha forma e acreditar nesse sentimento. Ele é tão puro, de uma forma tão sincera, que o que Ele sente, não é um qualquer sentir, é realmente, verdade. Ele não se prende ao mundo, o mundo corre ao redor dele dizendo: “Presta atenção que eu giro para cada segundo de sua vida ter sentido”. E ele questiona: “sentido? O quê, necessariamente, precisa de sentido?”

Passam-se as horas e a mesma forma de antes, continua intacta. Lá, parado com um copo de um liquido amarelo gelado nas mãos, ele fala de si, dos outros e das pessoas que são dele, que faz parte dele e que são uma parte dele. Ele não mede palavras nem atos, não compra bom-gosto genérico e tudo dele é muito dele, de um gostar tão único e expressivo. Samba, pagode, rock, funk, axé, tudo se consome, mas nem tudo se degusta. Paladar refinado de originalidade são para poucos. Eu, constantemente, brinco de refinar o meu, enquanto outros, o possuem de forma tão natural. Mundo injusto!

Ao som de Jamie Cullum, um cantor da minha lista de bons-gostos, eu diria que ele, não é o meu “melhor-dos-melhores-amigos”. É meu irmão. Aquele que me olha nós meus olhos e diz: “Você pensa que é só você que estava com saudades” – Eu agradecido por todos os momentos e por todas as palavras, resumo tudo em um: “Muito obrigado”.

E quanto ao saber do Ele, falo dEle de forma tão minha, particular, que quando você o conhecer de verdade, talvez diga: “Não é ele” – E o que vou achar de tudo isso?

“Os olhos de cada ser humano se limita a alma”

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Equipe de Assessoria de Comunicação do Sistema Indústria da Paraíba - FIEP

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Fernando?

“Nunca faça de seus hábitos, sua necessidade”

Uma amiga, me passou um texto o qual, Fernando Pessoa expressa essas palavras em um contexto de perca de amigos, coisas e sentimentos, e essa mesma frase se encaixa em um outro contexto, o meu.

No ir e vir do dia-a-dia, você conhece e reconhece pessoas, isso quando você é capaz de reconhecer. Seja por motivos simples de uma vontade qualquer ou pela necessidade que a vida te faz ter.

É incrível como algo que muitas vezes começa tão sólido, acaba-se em frações de segundos. Então, porque achar que o que você sente não poderia acabar ou algo que você construiu não poderia chegar a pó? Faço uma breve referência às torres gêmeas norte-americanas. Quem diria que elas um dia não mais existiriam? Pode pensar...

Não entendo nada do que escrevo, talvez eu nem esteja pensando ao delinear essas palavras sem nexo ou qualquer reflexo dos meus pensamentos em um espelho quebrado.

Apenas, definiria meu momento agora como uma mudança, uma aceitação, uma definição de algo sem definição, uma correção de algo incorrigível e com certeza uma quebra de laço que Fernando Pessoa exige que tenhamos. Fernando, meu amigo, você não é humano, e se for? Nunca teve compaixão. Digo-te: “Tenta separar de ti qualquer coisa que viveu em você e não apenas a coisa o viveu”

Contrariando-me, só posso afirmar que, hoje, eu estou tão bem, que diria a Fernando... “Tudo chega na hora que deve chegar não é Fernando? E tudo se vai igualmente viu? Você tinha razão!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Davaneio

“Viver está me deixando louco, não sei mais do quê sou capaz”

Inicio meu devaneio com uma frase da canção MUIT O POUCO, de uma das minhas cantoras preferidas, Maria Rita.

Talvez eu precise realmente enlouquecer pra tentar fazer algo que me faça entender a vida. Tantos planos que não se concretizam, tantos sonhos que não saem do sonho e tantas pessoas que passam... Passam, literalmente, passam...

Hoje eu me peguei falando sobre isso (a vida), porque ela me pregou uma peça. Tudo bem, quem nunca foi pego de surpresa? Mas, o passar do tempo, muda o contexto da minha vida em frações de milésimos de segundos. Isso, conseqüentemente, me deixa atemporal, no sentido negativo da letra A, sem tempo, sem temperamento. Sem discernimento, sem...

Algumas metas e planos tracei pra 2010, como todo mundo faz quando o relógio bate zero hora do dia 01 de janeiro (meu aniversário). Pensei que seria tudo mais fácil, do que resolver uma equação de álgebra mascando chiclete. Mas, não é. Tudo caiu, o medo, a falta de segurança e principalmente a instabilidade, seja pessoal ou financeira, mas, a instabilidade.

Depois de horas, repensando em assuntos, como, morar, viver e lutar. Eu fico a ignorar o quanto a vida brinca com nossas promessas feitas. O quanto ela é dona de si e não nos deixa tomar nossos rumos. Eu não sei se perdi oportunidades ou se as peguei antecipadamente e as escolhas não foram boas.

De todas as formas que aprendi me dar com as situações , uma dela foi calar pra vida. Um bom dia, boa tarde, boa noite salva muita coisa. Uma conversa de horas destrói outras tantas outras. Talvez o que se fale não se chega ao ponto de falar mais que um olhar, que um gesto, do que um: “e foi?” que abre uma oportunidade de conhecer. Acreditem em tudo, menos no que as pessoas falam. Por exemplo, acreditem em mim, mas não no que escrevo.

Enquanto isso deixem-me quase enlouquecer. E quando eu devanear sem uma só pontuação, talvez eu esteja: “na guerra, lutando por paz” – como Mara Rita faz em sua canção.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Voltou...

Meu blog voltou...

Eu voltei, literalmente...

Primeiramente, explico-lhes o que aconteceu... Tive meus e-mail’s roubados e perdi, conseqüentemente, meu MSN, meu blog e meu Orkut. Complicado a vida não é? Mas, enfim, quem o fez algum motivo tinha e quem sou eu pra ir questionar? (risos)

Mas, voltando... Eu estive com a cabeça fervilhando por inúmeros motivos. Um deles, foi a quantidade de decisões que tomei e idéias que tive. Umas boas, outras drásticas, mas, estão me fazendo bem. E isso, é o que importa para qualquer ser humano.

Completei no dia 01 de Janeiro, 20 e alguns anos... E de todos, esse aniversário teve um motivo especial. Eu ganhei, digamos, um Arquivo Confidencial, preparado pela minha noiva. De todos os amigos, estavam aqueles que, fazem parte, ou já fizeram mais intensamente, mas que ainda estão na minha vida.

Ganhei muitas razões em 2010 para rever situações e agora elas estão se tornando cômicas. Isso é bom? Claro que sim. Ganhei experiência e por isso, as pequenas coisas, não estão do tamanho que elas eram. Vocês sabiam que eu consegui até deixar de amar e começar a apenas a respeitar? Outra vez, eu disse em um texto que “o amor não é eterno” e acreditem: Ele na é!

Por falar em amor, eu acho que estou amando duas pessoas de verdade, acho? Não, tenho certeza. Não preciso dizer quem é. Se eles lerem esse blog, vão saber!

Outro dia, conversei com um amigo sobre tantas mudanças em nossas vidas. Escutei algo que outros amigos, tão “velhos” quanto eu, concordariam: "Um homem, só saberá a verdade sobre ele mesmo, quando ele tiver 25 anos. Enquanto isso, ele continuará sendo a mesma criança se achando maduro."

Pensando nisso, eu acho que cheguei à conclusão de que: Não é, literalmente a idade, mas o tempo de 25 anos que ele precisa pra saber o que ele fez e o que ele realmente é. Joguemos nossas conclusões de qualquer coisa na sorte. Sabemos que nunca sabemos exatamente de nada.

Não voltei a minha rotina, mas a rotina dos que estão cansados é a cama, então, deitar-me-ei por algumas horas, para pensar mais um pouco, antes que o dia-a-dia me tome esse tempo. E quando eu voltar aqui... Direi a vocês as quais, pequenas, conclusões cheguei. SE isso importa para você? Não sei!

Mas, se eu tenho liberdade de falar, porque não me expressar da melhor forma? Escrevendo!

Ana Paula







Ela resume uma gargalhada daquelas, que você sente uma dorzinha no estômago...


Ela resume...

Ela...