sexta-feira, 25 de abril de 2014

E se há dúvidas de que estou bem? Não estou!

Não tenho palavras para definir os acontecimentos dos últimos dias. Tudo foi tão rápido que eu não tive tempo de refletir no que eu pensava, no que eu sentia ou no que eu viria a sentir amanhã (esse amanhã vale por todos os próximos dias da minha vida). Eu creio que as dores têm “lá” suas intensidades, mas de todas, esta que sinto é dolorosamente doída e insuportavelmente insuportável (bem redundante mesmo).

Amanhã eu vou recomeçar tudo de novo, sentindo falta de tudo e preenchendo com as boas lembranças que ficaram daquele dia que eu gritei depois do uso da privada: “Mãe/Vó, eu termineeeeei” – Daquele dia que eu liguei e disse: “Mãe/Vó, passei no vestibular” – Daquele dia que a vi chorar de saudades por sair de casa e dizer: “Mãe;Vó, te vejo daqui há alguns meses” - Daquele momento que me tornei homem de verdade e disse: “Mãe/Vó, nos próximos meses eu vou casar” – Daquele dia que disse: “Mãe, vai com Deus e não esquece de mim”.


Nos dias de chuva, lembrar-me-ei dos cuidados “chatos” de mãe e dos bregas de Amado Batista que me acordavam todos os domingos. Vou tentar não esquecer as lágrimas de despedida em cada volta pra casa e dos pedidos à minha esposa: “Cuida do meu neguinho” (vou cobrar isso sempre de Karla).


A senhora se foi e levou tanta coisa boa, levou o amor que me dava, levou a preocupação com a minha alimentação, e esqueceu de deixar a receita do Xerém com Galinha, da galinha à cabidela, do macarrão com frango e creme de leite e da vitamina de banana. Será que na geladeira ficou o vinho Padre Cícero? Só pra lembrar: “Eu ainda não deletei seu número dos meus contatos mais importantes”.


Mãe, nos encontraremos um dia, por enquanto, não esqueça de passar nos meus sonhos como a senhora tem feito desde o dia que se foi. Amanhã eu voltar a viver, eu acho. Por hoje, eu ainda me dou o direto de derramar lágrimas de saudades no teclado do meu PC. E se há dúvidas de que estou bem? Não estou!


O quê?

Eu queira, hoje, escrever algo interessante para se poder ler e admirar. Mas, estou naqueles dias de “nada pra fazer, nada pra pensar, nada pra se entender”.

Sinto um cansaço que me incomoda. E olha que meu trabalho não me toma o fôlego de tal forma, nem sou um atleta de competições de grandes desgastes físicos. Que complicação é a vida, que dificuldade encontrar qualquer coisa que esclareça uma dúvida. Já estou cansado desse ceticismo.

Andei pensando nesse momento em oportunidades. Quando digo que andei, estou colocando o verbo na sua definição real de movimento. Caminhar 30 minutos até se chegar ao trabalho, quase que diariamente, me faz pensar e refletir. E isso tudo causa reflexos, no andar (que quase me atropelam às vezes) no pensar (que me sinto “outside me”) e principalmente no sentir as coisas (a moça da jujuba me parece tão “grossa” debaixo daquele sol escaldante, mas indiscutivelmente, é o sol que a deixa assim, acredito).

Abro um parênteses aqui. (A moça da Jujuba faz parte da minha vida intensamente e ela nem imagina isso. Engraçado não é? Ela nem idealiza que a quantidade de “doces” que ela me vende vale mais que o R$1,00 que eu pago. Quando eu a vejo, às vezes queria dizer: “OI moça que me adoça a vida!”. Mas, me deixa ficar em silêncio. Ela me parece tão “grossa” debaixo daquele sol escaldante) Fecho o parênteses aqui.

No pensar das oportunidades na minha vida, eu me vi analisando as conversas que eu tenho no MSN e que as pessoas se fazem tão sinceras. Descobrir as necessidades do outro pelas palavras é um DOM, acredito nisso. Por que não acreditar? Têm amigas que me sentem. E eu me pergunto: “Como elas conseguem?”.

Dessas conversas, as poucas que me dão certeza de uma aproximação, dizem: Cee, abigo, Kafussah, Pessoa? Elas me interrogam assim. Alguns chegam, formalmente: Júlio? E a mais importante, ousa exclamar: Môh! (Ela não chama, ela diz que me quer ali claramente). Isso tudo é muito importante, por que das caminhadas, interrogações e conversas, poucos se fazem ser e estar.

Isso tudo eu escrevo sem saber o porquê de escrever. Como falei no início do “texto”, meu dia hoje se define em “nada” e meu cansaço ainda permanece aqui com uma vontade de devorar uma barra de chocolate (não tem nada haver a barra de chocolate, mas nesse momento foi a única coisa que me veio na cabeça e que eu teria o prazer de fazer).

Deixa-me ficar calado. Eu prefiro assim. Quando eu não tiver o que falar, tentarei não escrever para que você não chegue ao final do texto sem saber exatamente o que eu quis falar, como eu estou neste momento!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Aos 80 que não voltam e se faz real hoje!


Voltando pra casa, o meu celular tocou  em uma rádio qualquer, e um trecho de uma canção veio direto à alma: “Hoje eu me peguei, pensando em você... Te amo e nem sei como eu amo” – Era nossa Rainha do soul music brasileiro, Sandra de Sá, me fazendo lembrar de momentos passados, nos "retartos e canções".

Foi o necessário para eu correr, ao subir as escadas, e vir direto para o computador, ouvir a canção até cansar e relembrar da minha infância, quando não sabia o que era amor, quando essa canção nem fazia sentido e apenas chamava atenção por ter uma bela melodia. Então, outras canções me vieram à mente, e porque não ouvir e curtir uma madrugada regada ao bom som dos anos 80 e minha taça de vinho?

O bom disso tudo é que não tem nenhum casal na mesa ao lado entre beijos e abraços apertados – como Rosana em “Nem um toque” – para me deixar corado vestido com meu all star acompanhado daquela camisa florada que faz sucesso, e assim meus olhos não ficarão como “espelhos d’água", brilhando como um alguém de Patrícia Marx. 

Acho que minhas madrugadas nunca foram tão saudosistas em uma única época, tudo foi tão intenso como o amor de Adriana na canção “I Love youbaby”, eu nesse momento gastei todo meu inglês por que: “amar é tão bom, tão bom...”

E quanto mais eu possa tentar te esquecer, vou me lembrar, como Kátia disse em 1987, de “qualquer jeito”.  Digo que não está sendo fácil, nos lugares que eu quero ir, você sempre estar de algum jeito... E nesses momentos eu vou viver sonhando como quando tudo era apenas uma brincadeira e eu me vi assim, completamente seu, em um “sonho” de Peninha.

E nesse contexto da década de 80 quando ainda era apenas um garoto cheio de sonhos, eu finalizo meu texto como uma vida que vem e que vai e um sentimento de solidão que me arremessa contra o cais de um “porto solidão” do meu admirável Jessé. “Amanhã talvez” tudo volte a ser o que era, e você faça do jeito que você saiba fazer, para acompanhado de mais uma taça de vinho eu posso me entregar e te sentir como fez Joana. E assim, você e eu, possamos viver “quatro semanas de amor” como um sonho de amor em uma praia. Mas não me deixa sozinho quando o inverno chegar.

OBS: Todas as músicas citadas estão "lincadas" para quem desejar curtir as canções...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Da realidade da vida a uma fantasia de verdade!



Estou revisando fotografias e textos escritos... Estou me reconhecendo, me perdendo em um desencontro e encontrando-me nas paginas viradas do livro da vida. Ganhei de mim, a oportunidade de renascer, recriar, reviver e ser feliz. Dei-me a chance de mais uma vez ganhar,  conquistar e não me perder!

É uma mensagem que espero no celular, é uma ligação que me faz tremer e querer não atender com a vez embargada de ansiedade para saber o que será falado no outro lado da linha. É minha chance de dizer,  calar e ouvir, é minha chance de apenas ser eu.

Aquele casal do ônibus me dá saudades;
Aquele abraço do outro lado da rua me deixa envergonhado por não estar lá;
Aquele casal de mão dada é tão sem noção do quanto prejudicam um coração quebrado.
Aquela viagem já não faz parte dos planos, faz parte da vida.  
Aquele reencontro é medido pelo espaço do tempo que o trabalho disponibiliza e que os dias me tomam.
Aquele beijo que não existe está guardado, aquele abraço passou a ser tímido pelo medo de não poder apresentá-lo à sua pele, e aquele amor está queimando por não se conter dentro de si.

E foram-se os poucos dias, as poucas horas e o ruim é que não voltam, mas dão oportunidade a outros tantos que venham a se aproximar desse coração afogado em lágrimas, apertado pela saudade que toma muito espaço!

Quantos amores se foram ou se deixaram ir, quantas pessoas cumprem os dias em cárcere privado acorrentados pela passagem diária das lembranças dos dias que não vão voltar. E preso dentro de mim, eu peço socorro, mas não me tirem sem nenhuma resposta, me deem apenas a certeza que vou viver... Sem correntes, sem dor, em qualquer lugar que não exista espelhos do passado.

Enquanto isso, ficarei sonhando com minha pequena que nesse momento está longe, dentro do oceano, aonde meu amor ainda não chegou a tocar seu coração... Mas, que ela sente pela passagem fria de uma corrente que a chamo de saudades.

Júlio César Araújo

Deixo uma canção que fala de amor, de um filme que mostra a luta das diferenças para se viver um grande amor...
"Pocahontas"


Tradução:  Se eu nunca tivesse te conhecido

Se eu nunca tivesse te conhecido
Se eu nunca tivesse sentido esse amor
Eu não teria nenhuma suspeita
Do quão preciosa a vida pode ser

E se eu nunca tivesse te abraçado
Eu nunca teria um indício
De como, enfim, encontrei em você
A parte que estava faltando em mim

Neste mundo cheio de medo
Cheio de raiva e mentiras
Eu consigo ver a verdade tão clara
Em seus olhos
Então seque seus olhos

E eu sou tão grato a você
Eu teria vivido toda minha vida completamente
Perdido para sempre
Se eu nunca tivesse te conhecido

[Pocahontas]
Se eu nunca tivesse te conhecido
Eu estaria segura, mas quase que real
Nunca sabendo que eu poderia sentir
Um amor tão forte e verdadeiro

Eu sou tão grata a você
Eu teria vivido toda minha vida completamente
Perdida para sempre
Se eu nunca tivesse te conhecido

[John Smith]
Eu pensei que nosso amor seria ser tão bonito

[Pocahontas]
Que de alguma forma, nós fizemos o mundo todo brilhar

[Os dois]
Eu nunca soube que o medo o ódio poderiam ser tão fortes
Todos eles nos deixariam com esses sussurros na noite
Mas meu coração ainda está cantando
Nós estávamos certos

[Pocahontas]
Se eu nunca tivesse te conhecido
Se eu nunca tivesse sentido esse amor
Eu não teria nenhuma suspeita
Do quão preciosa a vida pode ser

[John Smith]
Não há nenhum momento que eu me arrependa
Desde o momento que nos encontramos
Se nosso tempo passou rápido demais
Eu tenho vivido no passado

[Os dois]
Eu pensei que nosso amor seria ser tão bonito
Que de alguma forma, nós fizemos o mundo todo brilhar

[Pocahontas]
Eu pensei que nosso amor seria ser tão bonito
Que nós poderíamos transformar a escuridão em luz

[Os dois]
E meu coração ainda está cantando
Nós estávamos certos

[John Smith]
Nós estávamos certos
E se eu nunca tivesse te conhecido
Eu teria vivido toda minha vida completamente

[Pocahontas]
Vazia como o céu

[Os dois]
Nunca sabendo porque
Perdido para sempre
Se eu nunca tivesse te conhecido...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Das noites e dos amores que vão voltar...


E se foram os dias, como se não existissem outros, eles se foram. Levaram grandes lembranças e deixaram saudades. Não sei se o relógio corre para o tempo passar, ou para deixar marcado cada segundo do tempo no momento corrido. 

Hoje olhei para os ponteiros e cada “tic tac” ele me fazia lembrar de cada segundo antes que eu não aproveitei porque estava, justamente, esperando o próximo. Foi loucura isso, mas eu fiz... Não sei por que ouso analisar cada segundo do meu dia, quando na verdade preciso o deixar correr sem eu perceber, para doer menos, para sofrer menos, para machucar menos, para viver mais.

As madrugas insólitas que tenho todos os dias desde que troquei o dia pela noite, me trazem tantos desejos (saudosistas), tantos pensamentos vagos e desconexos.  Aquele homem que apita todas as noites parou de fazer o barulho diário avisando que está passando. Será que ele está bem? Pensei outro dia! 

Além dos meus problemas, preocupei-me com alguém que nem imagina que existo e estou naquela janela de luz fraca originada de uma TV ligada em um canal qualquer. Aquele senhor que passa em uma bicicleta antiga, nem imagina que o “seu barulho” é companheiro, sem ele, me sinto mais sozinho, porque sei que a vida está sem movimento e eu estou ali, imóvel, das muitas vezes esgotado, triste, entre alguns sorrisos frios e pensamentos inúteis. Os canais da TV continuam sem conteúdo, a rua vazia, meus pensamentos e minha cama (idem).

Posso até parecer insensível a mim, quando me sucumbo a uma taça de vinho e algum som melancólico de um cantor que sabe definir amor de uma forma tão real, quando nem imaginei que seria de tal forma. Hoje estou cuidando de mim, como fazem os poetas quando se drogam de palavras para representar o desgosto da vida, de um dia ou de amor que se foi... Como se foram os meus!

Ainda jogo um largo sorriso no rosto para a vida, para o vizinho, para o colega de trabalho. Ainda realizo a velha rotina de acordar e lutar pela vida, para viver e sobreviver. Mas, meu coração representa em um espetáculo, minha face é representação fiel de um ator, que “anda pelo mundo divertindo gente e chorando ao telefone” que hoje sabe que “o mundo sempre foi um circo sem igual... Onde a farsa de um palhaço é natural... onde pinto meu coração e hoje sei que o palhaço pinta o rosto pra viver...”

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Prazer! Não sou o Chico, mas tenho no lugar do coração, um buraco!



Eu só escrevo neste espaço quando realmente tenho motivos. Quando meus sentimentos estão descomplicados e como agora, um jogo de cartas sem marcas.

Não é aceitável quando o tempo joga com a gente, é vitória ou derrota, e qualquer um dos dois traz sofrimentos. São sorrisos ou lágrimas infundadas ou fundamentadas na dor, são olhos atentos aos próximos passos com medo de cair porque a razão de seguir, se foi.

Voltei hoje ao “meu espaço” porque de tantas flores que existiram no meu caminho um vendaval as levaram para longe, e hoje, tento recolher cada pétala para juntar aos galhos solitários que ficaram cravados no meu peito.

Hoje acordei na madrugada, meio atônito, desprotegido e desequilibrado. Faltaram-me forças para continuar o sonho no qual eu sorria sem motivos, apenas pelo fato de não acreditar que tudo aconteceu. O espaço entre minha cama e a saudade estava infindável. 

Fui até a geladeira e com a porta aberta apenas me peguei pensando no “se nada disso tivesse existido”. Então, me vi em lágrimas e aquela dor “que só quem ama sente” me consumiu. Voltei para as velhas fotografias, analisei toda a minha vida e disse a mim mesmo: “Você perdeu”.

Chegam momentos na vida que você percebe que o trem não está seguindo os trilhos planejados por você e que o verdadeiro maquinista da sua vida, se retirou para outro vagão e te deixou sem rumo. Todas as noites antes de dormir, eu analiso todas as janelas acesas na cidade e vejo que muita gente está ali, acordada, planejando ou até mesmo, reclamando da programação da TV, como faço todas as noites.

De todas as luzes que hoje percorri os olhos, a lua estava tomando todas as atenções. Ela hoje estava solitária ou, eu apenas estou tentando a comparar a mim. Nesse jogos de palavras onde falo se solidão, me veio uma “vaga” lembrança de uma canção de Chico Buarque interpretada por Maria Bethânia.

Todas as vezes que ouço “olhos nos olhos” me lembra uma pequena história que Bethânia um dia contou. A canção fala tanto de amor de uma forma tão verdadeira que impossível ter sido escrita por alguém, principalmente por um homem, não me perguntem porque pensei assim. Em um questionamento de quem compôs a canção e respondido: Buarque, houve o seguinte questionamento: “Um homem? Como um homem tem no lugar do coração um buraco?”

Diariamente me vejo analisando tudo. O fato de ter acordado muito cedo ou não, o motivo de estar naquele lugar quando deveria estar em outro e porque tomei algumas decisões, quando em alguns poucos momentos, era melhor não ter tomado. Nessa análise da vida vejo que o tempo está se perdendo ou se dando espaço para ser encontrado...

Voltando a Chico e Bethânia: “Não sei quem questionou, não tenho nem o dom de Chico de escrever algo tão verdadeiro, mas, hoje, eu descaradamente tentando tomar um pouco do sofrimento de uma canção, me apresento: Prazer, não sou o Júlio, mas tenho no lugar do coração, um buraco”

Júlio César

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dia das "Vães"

Hoje é Dia das Mães! E pra mim também é dia Das "Vães"...
Essa mulher é D. Lourdes! Ela é culpada de tudo que eu sou. Ela é a culpada da minha honestidade, dos meus princípios, da minha educação e principalmente, da minha razão de viver...

Ela que trocou minhas fraldas, que chorou quando eu chorei e que bateu (como doía) quando eu precisei! Ela que comprava os melhores brinquedos e que, também, nunca deixava eu brincar para não quebrar (que raiva)...
Ela que me ensinou a ser um homem e saber respeitar uma mulher. Ela que me ensinou ser sensível e procurar, sempre, tentar entender uma mulher (ela nem sabe que isso é impossível né? Mas enfim...)

Ela que merece o melhor dia, de todos os dias... Porque se não fosse ela, eu não estaria na metade do caminho que estou, porque falta muito pra chegar onde ela disse que eu ia chegar!

Ela é minha Vãe (Vó + mãe)! A ela que deixo aqui: “Meu amor maior”...


sábado, 27 de agosto de 2011

Era uma vez...

Um rapaz que conheceu uma linda moça.
Ela era simples, delicada, dedicada a si e ao que pretendia fazer para com os outros. Ele um rapaz de sonhos, esses, que muitas vezes o fizeram perder o foco do que realmente ele queria, mas ele, de qualquer forma e sem pensar nos obstáculos, sonhava.
Eles começaram a namorar depois de uma historia linda (como ela) de quase um “fora” que deu início a um amor sem igual. Sabe aqueles amores que você começa a achar que tudo é perfeito e que não precisa de nada mais? Porque só basta ele e ela e uma terceira pessoa, não cabe.
Era passeios aos domingos, beijos gelados com gosto de sorvete. Passeio de moto pelos mesmos lugares que pareciam diferentes cada vez que passavam. Até as folhas das árvores eram perceptíveis quando caiam devido às estações que as faziam cumprir seu papel natural.
Então, ele sonhou e se foi, não pra sempre, mas a distância medida pelo amor deles era comparada a duas voltas a terra, do ponto de partida ao de chegada. E ela ficou, mas mesmo longe sonhou junto, ajudou, deu força, e muitas vezes, acreditou nele mais do que ele mesmo em si.
Eles se dedicaram há anos de passeios, risos, lágrimas, tristezas divididas. Fizeram muitas viagens com um único objetivo, se encontrar. Eles tiveram muito tempo sozinhos e mesmo com a falta de tempo eles conseguiam driblar as saudades.
Eles dividiram uma vida. Eles se dividiram um para outro, mas...
Um dia ele se foi de novo, dessa vez, “pra sempre”. Ela continuou lá, mas ele não sabe se ela ainda ficou sonhando, ajudando, se dedicando ou acreditando em algo.