terça-feira, 20 de abril de 2010

18/04/2010


Som do celular... (chato quando se está dormindo) às 9h da manhã do domingo....

Eu: Alô (com voz de sono)

Pedrinho: Tio Chúliiiio, acorda, vamos pra piscina, acorda! (com voz de quem acordou às 5h da manhã.

Eu: OI Pedrinho, eu vou! Deixa só Tio Chúlio tomar café e banho que eu ele chega aí!

Pedrinho: Só tomar banho né? (com uma voz autoritária que eu ouvia dizer: "Vai com fome mesmo, eu já comi!")

Minhas palavras pra ele? "Tio Chúlio ama!"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O material como valor de uma cultura decadente


Buscando entender a sociedade no século XXI e todas as transformações que ocorrem em nosso meio, é necessário entender que tudo aconteceu em processos lentos e cada conquista aquietou o pensamento humano quanto ao seu eu e sua função como ser pensante.

O homem conseguiu fazer máquinas (que seriam sua preocupação futuramente) já voou e de tal forma chegou a lua, as mulheres conseguiram seus “direitos” com o derramar de seu sangue, no nosso país, já tivemos direitos corrompidos por pensamentos ditatoriais (que ditava uma moda de atender o que não era necessariamente correto ser atendido).

A força dos primatas para a caça é questionada, segundo pesquisadores, o prato principal da cadeia alimentar eram nossos parentes mais próximos. Deus já existiu em Gênesis, mas já quase não se ouviu falar nele em Roma. O amor fez com que Adão amasse Eva, e Bush faz de conta que não existe essa palavra no seu vocabulário (Love = Poder).

A sociedade possui uma fórmula fácil de acreditar e desacreditar, de lembrar e esquecer mais rápido ainda, de dar e negar, de ver e não querer enxergar. Como disse Paulo aos I Conríntios 6: “Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convém”, no momento que a igreja (Conríntios) esbaldava-se na perversidade. Contextualizando, a violência, a sexualidade explícita, o adultério, a falta de amor e de Deus, é “permitido”, mas é nosso papel subjugá-los e filtrá-los em nosso interior.

Os valores dados em meio às classes sociais são diversificados, pois um pensamento conjunto é formado e esse passa a ditar uma regra em uma divisão social imposta pelo próprio homem. A violência, não é um caso apenas financeiro, mas educacional, a ferocidade não se liga aos limites impostos por uma lei, mas passa a existir na deficiência educacional imposta pelos pais no lar. O crime, é apenas uma das mazelas que a falta de oportunidades restringidas a um cidadão, pode causar.

Com o padrão de vida muitas vezes imposto pelo círculo vicioso da economia mundial (ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres) a proliferação de seitas cresceu. A busca por resultados para o desemprego, falta de amor na família e tantas outras mazelas que assolam o homem, fizeram esses “clubes da salvação” buscarem formas de ajudar e reciprocamente serem ajudados.

Deus, já não ocupa o espaço exato de divino e dono de todas as coisas, até mesmo por que a culpa de tudo está muitas vezes pelo seu “esquecimento”, já que sendo pai, as barreiras impostas não devem ser sentidas pelos seus filhos, é o que achamos. Deus é apresentado como um ser que recrimina, censura, repreende, mas Deus é na verdade o que somos e o que fazemos por ele.

A sociedade cada vez mais ligada ao seu eu, como ser único e possuidor de todos os direitos ilimitados, tenta se estruturar em formas cada vez mais capitalistas. O consumo é um princípio de felicidade, regrada ao poder de possuir e usufruir o que nem sempre é necessário.

Do consumo nasce uma via de pensamento materialista, em pleno século XXI, muitas são as filosofias de vida existentes, muitos são os exemplos do século passado e cada vez mais somos “bombardeados” com imagens da nossa sociedade, que nos deixam confusos, pelo fato de serem meros paradoxos. Como exemplo: Um jovem de trinta anos com um belo iate em Búzios e ao senhor que deambula pelas ruas, procurando restos de comida já ressequida e em degradação, nos nossos caixotes do lixo. É que, por detrás das tão belas aparências, muito está escondido.

Quando olhamos para os meninos e meninas bem vestidos, a primeira palavra que nos vem à boca é Elitistas! Ricaços! Exibicionistas! Talvez não nos vistamos da mesma forma porque não o queremos, ou apenas porque não temos dinheiro para tal. Se somos monetariamente ricos, não podemos deixar de exibir os nossos relógios da Boss e a mala da Louis Vuitton! Se somos monetariamente pobres, tentamos encontrar roupas que se assemelhem às deles e fazer marcação cerrada aos saldos, para não nos sentirmos tão marginalizados.

Se somos espiritualmente ricos, somos ignorados, marginalizados e rotulados como “mauricinhos e patricinhas”, apenas por termos uma riqueza diferente dos outros e conseguirmos subir na sociedade por mérito próprio. Surge uma dúvida: O que devemos ser?

Aproximadamente cerca de 75%, dos jovens da nossa sociedade, são extremamente afetados pelo consumismo e pelo materialismo, de modo a que provocam acesas discussões para com os seus pais, por estes lhes negarem a compra de um determinado bem (declarado por vezes inútil) e que não só tem um preço bastante elevado, como fará com que o jovem em questão se torne ainda mais dependente deste problema que cada vez mais afeta a nossa sociedade.

Os meios de comunicação são fatores importantes para a proliferação desses pensamentos. A TV tem sua forma de apresentar e persuadir o seu telespectador para o consumo desenfreado de utilitários que facilitam de alguma forma nossa vida.

A televisão é o maior veículo de lazer e informação da nossa sociedade. Penetra na intimidade cotidiana de cada indivíduo de uma forma tão absoluta que, é capaz de influenciar e modificar seus hábitos, seu comportamento, sua linguagem de maneira indubitavelmente forte.

Esse veículo de lazer e informação tem como produto o programa, este, mais do que distrair objetiva "vender valores e atitudes" (Hoineff). O maior fator de preocupações na sociedade é a anulação de pensamentos e opiniões referente ao poder de escolha. A modernidade que exige a compra de produtos de alta tecnologia faz com que cada vez mais as pessoas interajam com esse meio de comunicação, que determina valores e influencia praticamente todas as atitudes da geração moderna.

Desse modo, o conceito humano para as ações que não estão nos padrões comportamentais, é uma incógnita, pois conceituar é mais do que definir, é representar de forma real uma dada opinião. O interesse da televisão é que o público aceite e perceba o que ela veicula e dessa forma se torne um ser clássico por um juízo modelado.

Valorizar é tentar não perder a essência daquilo que ainda está em suas funções possuí-lo. Desvalorizar é não dá estima aquilo que talvez pelo seu meio, não é necessário possuir.

sábado, 10 de abril de 2010

11/04/2010

No último sábado, meu propósito seria ouvir algo que mudasse aquele instante, ou minha vida. Por que não? Mas, a rotina do dia faz com ele não tenha rotina nenhuma, principalmente quando se fala em momentos.

Hoje, eu ouvi sim, coisas que não mudaram minha vida como saí de casa esperando. Eu ouvi das poucas grandes experiências, o duplo sentido das coisas, e aprendi que a medida exata da palavra não existe. Ela simplesmente sai, quando é sincera e sem culpa, esquece-se aquela culpa que a sociedade propõe para nos limitar, às vezes, de pensar alto, que intimida a verdade e nos molda a seres plastificados de uma sociedade plástica.

Dividindo alguns sanduíches, pizzas, açaís e tapiocas que não se pareciam tanto com o nome que se intitulavam ser, tive o prazer de conhecer pessoas que, talvez nem se façam fixa em minha vida, mas que não passaram despercebidas pra um dia serem lembradas numa conversa de experiências em outras mesas com outros sanduíches, pizzas, açaís e tapiocas que não se pareciam tanto com o nome que se intitulam ser.

Estávamos em cinco. Às vezes em quatro, quando um não se encaixava na conversa, e até vi momentos que ficaram três, porque os outros dois não conheciam o início, nem o rumo que aquele assunto iria chegar, muitas vezes, ouvir é melhor.

Entre tantos fatos, uma descoberta, não sou o único homem que não gosta de futebol. E pela primeira vez não tive vergonha de dizer isso, e não vou ter aqui, repito: “Não torço pra nenhum Fla, FLu, Galo, Raposa, Passarinho ou a Socremo da minha cidade.” – Não gosto de futebol e pouco me importa se Brasil ganhará ou não outra estrela no peito.

Mas, pensando bem, a Copa serve pra algumas coisas. É nesse momento de patriotismo exacerbado que a Maria esquece que seu filho não terá nada pra comer depois do gol a cinco minutos de terminar o segundo tempo, que dará a vitória ao Brasil e o levará para as semifinais. É quando o José nem se lembra que depois dos pênaltis que talvez leve nosso time “do coração” para as finais, ele vai continuar o Zé que pega suas três condições pra ganhar R$500 por mês + vale-transporte + vale-alimentação. Mas, quem sou eu pra julgar algo? Vou comprar minha camisa do Brasil e torcer, só assim eu esqueço que sou um jornalista em formação que pega todos os dias um ônibus lotado pro trabalho que o formará um profissional para o mercado.

E quanto às risadas das coisas politicamente corretas e das incorretas que se falam, se insinuam e evaporam no ar, algumas são destaques num momento de descontração que não existiria qualquer droga lícita ou ilícita que traria tamanho êxtase.

Deixo vocês com três episódios de uma série censurada, por alto nível de sem-noção.


Cena 1 - Cinco homens, nenhuma mulher, algumas alianças nos dedos e as seguintes pérolas...


“Quando ele disser que não vai doer, não confie viu, porque dói!” – Uma pequena insinuação para dizer à mesas que exercícios físicos feitos em excesso nos fazem ter dores musculares, depois de uma conversa sobre exercícios físicos. O público que faça suas interpretações.

“Você me leva pra casa?” – Um pedido de carona que deveria ter sido feito num tom mais baixo e mais íntimo, mas que deixou algumas dúvidas. Levar pra casa? Ou deixar a pessoa que pediu a carona na casa dele? Dúvidas, muitas dúvidas.

Contudo, se fôssemos finalizar a noite naquele momento, já teria escutado mais do que precisaria pra me fazer rir nos momentos de estresse ou de ócio, quando até o barulho do vento se torna algo, estupidamente engraçado.

Terminaríamos a noite com um passeio de carro, ao som de clássicos de décadas passadas, mas não poderia faltar algo, a última fala que, por não ter expectadores, se tornou um alívio para nossas mentes e nossas honras.


Cena 2 - Cinco homens, nenhuma mulher, entrando em um carro, enquanto o “senhor das pérolas” solta outra, em um tom médio quase abafado pelos vidros do carro...


“Eita foi bom mesmo viu? estou até com a bunda doendo” – Isso, para explicar que os exercícios que o cara que diz “que não vai doer” fez com ele na academia para ele manter a forma, fizeram suas musculatura doer o dia todo e pra ele, está servindo.

Rafael, nem te conheci direito, o tempo foi pouco, mas vale um post no meu blog. Obrigado pelas risadas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A chuva passa... A caminha continua


A chuva deu uma trégua desde o final da tarde de ontem, e como todas às vezes, ela se foi deixando, saudade. E por falar em saudade, uma amiga me disse hoje no MSN, que meus assuntos se resumem a comida, trabalho e saudades. E o pior de tudo é que concordo com ela.


Mas, não é sobre saudades que eu vou delinear algumas linhas no meu “diário virtual”. Na verdade, vou falar de algumas lembranças que foram boas, que o tempo as fizeram se tornar inesquecíveis e supérfluas.

Falo das fotografias, lindas podem-se dizer, mas transbordam meu PC de algo que se foi e não é mais. As paisagens por si só, complementam os sentimentos de amizade, respeito ou amor, seja ele qual for, presente nas imagens. Os sorrisos ficaram distantes, as distâncias fizeram as longas conversas se resumirem a um OI nas calçadas do centro da cidade.

O cinema me trás tantas lembranças, a pipoca feita em casa, as ameaças de me constranger em público, o cara roncando no filme do Harry Potter enquanto eu não tirava os olhos das magias que me faziam desejar ter para brincar um pouco de “Poder”. Do meu aparelho de DVD com minha pipoca feita em casa e com poucos amigos, o cinema é algo que se passou relativo apenas pelo tamanho da sua tela. Mas, nunca direi: “eu não preciso de cinema”.

As lanchonetes da cidade me fazem lembrar as tardes e noites com companhias importantes. Piadas sem risadas, segredos, negócios e sentimento. Já ouvi das mais absurdas confissões: “Ai que vontade de comer, mas estou de regime” – isso quando a pessoa não precisava de nenhum regime, até aquelas que jogamos o corpo sobre a mesa e dizemos em alto e bom som: “mentiiiiiira” – onde esse “mentiiiiira” dá sempre gás pra conversa continuar.

E o Parque a Criança? Já acreditei em tantas conversas que aquelas árvores são testemunhas. Já abri meu coração e vejo que não ter me reservado um pouco mais, me faz ter um sentimento de arrependimento. Não por ter falado a alguém, mas, por ter falado. Acredito que silenciar uma dor é uma forma de não afastar as pessoas de você, o ser humano é sempre incapaz de lhe dar com o ser humano. Prefiro criar periquitos ou ter um cachorrinho que almeja rasgar minha roupa toda vez que passo perto de onde ele repousa.

Apesar de necessárias, minhas memórias perderam o valor. Não tenho saudades, apenas lembranças que me fazem rir de vez em quando, mesmo que seja em um ônibus lotado a caminho do trabalho ou numa poltrona da “Real Bus” a caminho da minha cidade. E o que me deixa mais intrigado com isso tudo?

Porque as coisas que outrora eram importantes se tornaram um “mal necessário”? Não que me façam me sentir so bad. Mas, vejo que se não existem mais, também não me fazem falta, apenas gosto de saber que existiram pra poder não errar a pose nas próximas as fotografias, não esquecer o sal na pipoca, procurar a mesa mais reservada e ainda não perder a vontade de querer ser criança só para correr nos patins sem culpa de alguém olhar e ignorar.

Mas, enfim, minha mente começou a julgar as coisas de forma que meu coração não possui a mesma força para julgá-las diferentes. Tudo passou de algo importante para algo apenas inesquecível e tão dispensáveis, que quando eu julgo achar que estou com saudades, eu repenso: “foi bom, mas não existe mais” e continuo a caminhada!

terça-feira, 6 de abril de 2010



Quando eu disser sim, corre até ao meu corpo
Quando eu disser não, corre até minha alma e faz ela se sentir leve,
Quando eu arricar não abrir os braços, força-me ao menos pela última vez
Quando eu abrir, entra neles, pois o espaço é teu,
Quando eu olhar pra trás, me lembra do presente que nós se fazemos presente
Quando eu quizer ver o futuro, me diz que só a Deus ele pertence...

Quando não tiver o que fazer, me liga
Quando tiver o que fazer, me liga pra divirmos as tarefas
Quando tocar um som, lembra do que você mais gosta
Quando tocar o "nosso" som, lembra que eu tou lembrando de você
Quando faltar tempo, procura entre os segundos os milésimos que você deixou passar
Quando não faltar tempo, é porque você aproveitou tudo

Quando o sol sair, me chama pra andar de moto...
Quando a chuva chegar, dividamos um só guarda-chuva pra os pingos não se dividirem em dois
Quando eu rabiscar em um caderno, quero falar de histórias sem nexo
Quando eu me propor a escrever no meu blog, posto um foto para falar mais do que minhas palavras...

Mas, quando você pensar em fazer algo... Apenas me abraça...
Pra podermos sentir a sua alma!