Eu queira, hoje, escrever algo interessante para se poder ler e admirar. Mas, estou naqueles dias de “nada pra fazer, nada pra pensar, nada pra se entender”.
Sinto um cansaço que me incomoda. E olha que meu trabalho não me toma o fôlego de tal forma, nem sou um atleta de competições de grandes desgastes físicos. Que complicação é a vida, que dificuldade encontrar qualquer coisa que esclareça uma dúvida. Já estou cansado desse ceticismo.
Andei pensando nesse momento em oportunidades. Quando digo que andei, estou colocando o verbo na sua definição real de movimento. Caminhar 30 minutos até se chegar ao trabalho, quase que diariamente, me faz pensar e refletir. E isso tudo causa reflexos, no andar (que quase me atropelam às vezes) no pensar (que me sinto “outside me”) e principalmente no sentir as coisas (a moça da jujuba me parece tão “grossa” debaixo daquele sol escaldante, mas indiscutivelmente, é o sol que a deixa assim, acredito).
Abro um parênteses aqui. (A moça da Jujuba faz parte da minha vida intensamente e ela nem imagina isso. Engraçado não é? Ela nem idealiza que a quantidade de “doces” que ela me vende vale mais que o R$1,00 que eu pago. Quando eu a vejo, às vezes queria dizer: “OI moça que me adoça a vida!”. Mas, me deixa ficar em silêncio. Ela me parece tão “grossa” debaixo daquele sol escaldante) Fecho o parênteses aqui.
No pensar das oportunidades na minha vida, eu me vi analisando as conversas que eu tenho no MSN e que as pessoas se fazem tão sinceras. Descobrir as necessidades do outro pelas palavras é um DOM, acredito nisso. Por que não acreditar? Têm amigas que me sentem. E eu me pergunto: “Como elas conseguem?”.
Dessas conversas, as poucas que me dão certeza de uma aproximação, dizem: Cee, abigo, Kafussah, Pessoa? Elas me interrogam assim. Alguns chegam, formalmente: Júlio? E a mais importante, ousa exclamar: Môh! (Ela não chama, ela diz que me quer ali claramente). Isso tudo é muito importante, por que das caminhadas, interrogações e conversas, poucos se fazem ser e estar.
Isso tudo eu escrevo sem saber o porquê de escrever. Como falei no início do “texto”, meu dia hoje se define em “nada” e meu cansaço ainda permanece aqui com uma vontade de devorar uma barra de chocolate (não tem nada haver a barra de chocolate, mas nesse momento foi a única coisa que me veio na cabeça e que eu teria o prazer de fazer).
Deixa-me ficar calado. Eu prefiro assim. Quando eu não tiver o que falar, tentarei não escrever para que você não chegue ao final do texto sem saber exatamente o que eu quis falar, como eu estou neste momento!
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