quarta-feira, 9 de junho de 2010

Jornalismo Literário

Dúvidas. Diversas formas, estilos e áreas. Quando se estuda jornalismo são constantes as preocupações do que seguir, o que fazer, como falar ou se expressar. Definir o que se conhece para o que se pretende conhecer nos instiga a uma pesquisa rotineira de especializações, e isso define o jornalista da sua linha de reportagem que se pretende ser especialista.

No segundo ano da universidade conheci uma área de jornalismo que me define e que me proporciona uma linguagem expressiva e de ricas vertentes, que é o que busco e pretendo, não de início por causa de dependência de mercado, especializar-me.

Conheci obras que marcariam, não apenas minha coleção de leituras, mas refinaria minha linguagem e ratificaria minha linha expressiva do jornalismo que pretendo estudar. Deparei-me com as perspectivas subjetivistas e reais de alguém que usava o jornalismo e a literatura juntos.

Leão de Chácara (1975), Malagueta Perus e Bacanaço (1963) do escritor e jornalista João Antônio, foram algumas das obras que me fizeram conhecer o conto-reportagem e foi a perspectiva de João Antônio de interpretar o submundo e a marginalidade que me fizeram conhecer um jornalismo criativo e elaborado .

Foi desde então que o interesse pelo ramo do jornalismo que trabalha com uma perspectiva subjetivista me fez conhecer o Jornalismo Literário. Ramo do jornalismo que trata da confecção de uma notícia com alta voltagem de criação de linguagem, como acontece na literatura.

Deixo claro! Não é poesia. Não é nenhuma forma ou estilo de algum gênero literário. É jornalismo.

Jornalismo para seduzir o leitor, informando-o sem aborrecê-lo e atraindo-o para a essência dos fatos. É ser não-factual e ao mesmo tempo não-ficcional, mas falar o que acontece sem fugir da realidade. Não é enfeitar o fato ou criar alguma coisa para um fato se tornar mais atrativo. É destrinchar o real sem cair no costume da mesmice, é a versão compatível com a lógica, pautada pela ética, que contribui para o conhecimento de quem lê.

Apesar da escrita elaborada, não espere dos personagens, nas reportagens, sentimentos falsos ou esperança de redenção, a realidade é tratada de forma lírica, mas sem dissimular seu lado cruel.

Finalizo deixando um pouco da expressão do que é o jornalismo literário e com a perspectiva de criar a curiosidade de conhecer ou apenas desfrutar um pouco da leitura que o jornalismo literário proporciona.

Dicas:

Malagueta, Perus e Bacanaço (1963)

Leão-de-chácara (1975)

Malhação do Judas Carioca (1975)

Casa de Loucos (1976)

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