Na periferia de uma cidade periférica no mapa do Brasil. Está lá, sustentado por alguns cabos de aço que o tempo os mostrou serem fortes e suportar tantas gargalhadas. Juro, que em alguns momentos do espetáculo, que presenciei num final de semana, a estrutura gritava aos meus ouvidos: “arrebenta agora vai”, mas, a alegria foi tão contagiante que ainda continua lá, intacta por mais alguns dias, vendendo sorrisos.
Minha companhia foi das melhores, e o sorriso dos mais especiais, o dele estava lá. Um pequeno garoto que entendia as piadas de “Geléia” e “Xeirozinho” (nomes originais para palhaços), mais do que seu tio, com anos de experiência naqueles circos de bairros que o som não é lá tão “estéreo”.
Os olhos azuis se perderam no reflexo dos quatro refletores que se revezavam entre as cores primárias. A pipoca? Quem disse que cumpriu seu papel de satisfazer o paladar do espectador? Só os do seu pai e seu tio. Para ele, era mais uma companhia, tão frívola quando o algodão doce que sua tia Karla comia com tanto prazer. Eles sim, não sabem a essência do circo, mas, a ele cabe julgar.
O que me faz perde-se em pensamentos e gargalhadas, é o sentido de tantos adultos, contando, pai, mãe, tio, tias, e avó, reunir-se em seguir em “mutirão” para dar ele, o anfitrião da noite, o prazer de ver algo tão grande para sua cabecinha-inteligente. Tudo nele é um aprendizado, ele não deixa passar despercebido, sua mão nas conversas de adulto, sua educação à mesa e principalmente sua voz. “Depooooois, não é Pedrinho” – ninguém vai entender isso, mas tudo bem... Não se faz necessário.
No circo, ele não perdeu uma piada, e seria a atração da noite, garanto-lhes, se tivesse idade suficiente pra segurar-se nas pernas e brincar como os outros garotas que fizeram parte do show no picadeiro. Não seria equivoco seu, se dissesse que estou sendo um tio-babão com o primeiro sobrinho, que ele tem a oportunidade de dividir um dos melhores momentos da vida dele. Aqueles que ele nem imagina que são, mas que a vida muitas vezes o dirá: “volta a não saber o sentido da sua vida, procurar e querer entender é perca de tempo”. Afirmo: Estou babando mesmo.
Tão pequeno, indefeso e cheio de opiniões. O banho de piscina só deve acontecer quando você não quer. A festa de aniversario só existe até você (ele) encher a barriga. A buzina da moto toca quando se faz necessário chamar atenção, e não tirar algo do seu caminho. Aline Barros é a melhor cantora infantil (queria que Xuxa entendesse isso) e Patati Patata, tudo bem, consegue ter um fã nº 1 e não questionarei isso.
Nessa madrugada de quarta, eu cheguei correndo do trabalhado dizendo: “fala algo hoje de quem você tem saudades”. O tio Chúlio se fez aqui, agradecido a Deus por ter a oportunidade de ter alguém tão pequeno pra falar em inglês de vezes em quando, por ter companhia nas tardes de domingo e por conhecer um universo que eu não sei se estou preparado: o de ser pai! (tentar ser)
No circo que dividimos, ele se mostrou tão puro como a idade mostra ser, e se fez tão entendido do mundo, como eu nunca imaginei. Por trás de tantas piadas, contorcionismos e globos da morte. Eu diria que viver um circo, é sentir o cheiro de pipoca, beliscar o algodão-doce e viver cada sorriso de uma arquibancada cheia de pessoas que estão ali para esquecer que por fora daquela lona colorida estarão os mesmo problemas esquecidos por algumas horas.
Viver o circo é rir da pintura mal-feita daquele palhaço que faz tantas pessoas rirem, mas divide com eles mesmo, na maioria das vezes, a noite silenciada depois do espetáculo.
O circo acabou, mas ainda ouço um grito de euforia especial. Vou deitar e dormir com aquele sorriso na minha mente, para eu não esquecer que o sorriso é algo tão doce quanto a delicadeza dos lábios de quem os oferece.
Minha companhia foi das melhores, e o sorriso dos mais especiais, o dele estava lá. Um pequeno garoto que entendia as piadas de “Geléia” e “Xeirozinho” (nomes originais para palhaços), mais do que seu tio, com anos de experiência naqueles circos de bairros que o som não é lá tão “estéreo”.
Os olhos azuis se perderam no reflexo dos quatro refletores que se revezavam entre as cores primárias. A pipoca? Quem disse que cumpriu seu papel de satisfazer o paladar do espectador? Só os do seu pai e seu tio. Para ele, era mais uma companhia, tão frívola quando o algodão doce que sua tia Karla comia com tanto prazer. Eles sim, não sabem a essência do circo, mas, a ele cabe julgar.
O que me faz perde-se em pensamentos e gargalhadas, é o sentido de tantos adultos, contando, pai, mãe, tio, tias, e avó, reunir-se em seguir em “mutirão” para dar ele, o anfitrião da noite, o prazer de ver algo tão grande para sua cabecinha-inteligente. Tudo nele é um aprendizado, ele não deixa passar despercebido, sua mão nas conversas de adulto, sua educação à mesa e principalmente sua voz. “Depooooois, não é Pedrinho” – ninguém vai entender isso, mas tudo bem... Não se faz necessário.
No circo, ele não perdeu uma piada, e seria a atração da noite, garanto-lhes, se tivesse idade suficiente pra segurar-se nas pernas e brincar como os outros garotas que fizeram parte do show no picadeiro. Não seria equivoco seu, se dissesse que estou sendo um tio-babão com o primeiro sobrinho, que ele tem a oportunidade de dividir um dos melhores momentos da vida dele. Aqueles que ele nem imagina que são, mas que a vida muitas vezes o dirá: “volta a não saber o sentido da sua vida, procurar e querer entender é perca de tempo”. Afirmo: Estou babando mesmo.
Tão pequeno, indefeso e cheio de opiniões. O banho de piscina só deve acontecer quando você não quer. A festa de aniversario só existe até você (ele) encher a barriga. A buzina da moto toca quando se faz necessário chamar atenção, e não tirar algo do seu caminho. Aline Barros é a melhor cantora infantil (queria que Xuxa entendesse isso) e Patati Patata, tudo bem, consegue ter um fã nº 1 e não questionarei isso.
Nessa madrugada de quarta, eu cheguei correndo do trabalhado dizendo: “fala algo hoje de quem você tem saudades”. O tio Chúlio se fez aqui, agradecido a Deus por ter a oportunidade de ter alguém tão pequeno pra falar em inglês de vezes em quando, por ter companhia nas tardes de domingo e por conhecer um universo que eu não sei se estou preparado: o de ser pai! (tentar ser)
No circo que dividimos, ele se mostrou tão puro como a idade mostra ser, e se fez tão entendido do mundo, como eu nunca imaginei. Por trás de tantas piadas, contorcionismos e globos da morte. Eu diria que viver um circo, é sentir o cheiro de pipoca, beliscar o algodão-doce e viver cada sorriso de uma arquibancada cheia de pessoas que estão ali para esquecer que por fora daquela lona colorida estarão os mesmo problemas esquecidos por algumas horas.
Viver o circo é rir da pintura mal-feita daquele palhaço que faz tantas pessoas rirem, mas divide com eles mesmo, na maioria das vezes, a noite silenciada depois do espetáculo.
O circo acabou, mas ainda ouço um grito de euforia especial. Vou deitar e dormir com aquele sorriso na minha mente, para eu não esquecer que o sorriso é algo tão doce quanto a delicadeza dos lábios de quem os oferece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário