Os dias estão frios e as noites gélidas me fazem procurar aquele velho cobertor que carrego desde a infância. Eu não sei mais o que fazer para aquecer estes momentos. Meu copo de leite quente já na faz mais o efeito acalentador que fazia há alguns dias, e o espaço que se faz na minha cama, não é mais aquele.
Na verdade, eu estou só! Naquela solidão dramática de quem não tem ninguém, isso eu não estou. Meu quarto ultimamente tem ficado tão grande, que vai além dos poucos centímetros cúbicos com a portinha de madeira que não fecha.
Há alguns meses venho tendo uma experiência e se isso é complicado. Principalmente pra mim que me pergunto: “Por que?”
As pessoas importantes hoje não se fazem mais ser, e as que foram um dia, nem lembro que existiram. Acredite vocês que, ultimamente, eu não tenho sabido me dizer o que eu sinto. Acho que estou numa frieza incalculável dos meus sentimentos, afinal, pra quê demonstrar carinho e receber migalhas, amar e se passar a não se entender... O melhor é apenas aceitar, e o fato da aceitação já faz com que você se sinta bem, perto de quem estiver ou almejar estar.
Estou tendo a oportunidade de envelhecer com sabedoria, dignidade e bom senso. Não criei um personagem para uma maior (melhor) idade. Uma amiga me disse ontem que, eu estou à versão daquilo que ela sempre sonhou que eu fosse. Então, eu me perguntei: “Quem sou eu” – Pergunta sem resposta, claro.
Entre tantas conversas sobre, tempo, distância, filhos, casamento e sexo (claro), eu me questionei a todo o momento: “Quem sou eu?” – E o pior que saí de lá com essa duvida cruel que mais uma vez me tira o sono e a linha de pensamento daquilo que eu planejei para essa noite.
Fazia um bom tempo que não escrevia no meu blog, na verdade, estava sem nenhuma inspiração. Andei perdendo algumas coisas que mais tarde retornarei a tê-las e por isso, nesse momento não me fazem falta alguma. Licença John Lennon: “Amo a liberdade, por isso deixo livre as coisas que amo. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí.”
Não estou aqui para tentar colocar alguma duvida ou criar qualquer discussão sobre sentimentos. O que eu vim fazer mesmo no meu blog, foi escrever algo que me inspirou algumas palavras. Afinal, ouvir de alguém que sente saudades do que escrevo, também é algo que possa responder a minha dúvida: “Quem sou eu”.
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